21/04/2024 às 12h04min - Atualizada em 21/04/2024 às 12h04min

Andreas von Richthofen lê carta de Cravinhos e nega perdão a assassino

Mais de 20 anos após o brutal assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, cometido por Suzane von Richthofen e seus comparsas

Foto: Reprodução
Mais de 20 anos após o brutal assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, cometido por Suzane von Richthofen e seus comparsas, Daniel e Cristian Cravinhos, o irmão de Suzane, Andreas von Richthofen, se recusa a perdoar ou se reaproximar de Daniel.

Em entrevista concedida ao programa "Tá na Hora", do SBT, Andreas reagiu com firmeza ao receber uma carta de Daniel Cravinhos, na qual o ex-cunhado pedia perdão e demonstrava interesse em reconciliação.


"Não vou servir chazinho para os caras, fica difícil. Marretaram a cabeça do seu pai, e você vai dançar ciranda com o sujeito depois?", questionou Andreas, demonstrando indignação com a atitude de Daniel.

Andreas, que também busca contato com a irmã Suzane - que recentemente obteve liberdade condicional após 20 anos presa - afirma que a relação com ela está em um momento delicado, com pendências judiciais e questões financeiras a serem resolvidas.

"Ela deveria procurar, né? Deveria me procurar, porque nós temos assuntos, ela tem o dinheiro dela também, né? Tem que ver o que vai dividir aí do que sobrou. Então, eu estou procurando ela faz uns quatro anos já. Nós temos assuntos pendentes na Justiça", salientou Andreas.

Apesar da busca por Suzane, Andreas admite que a convivência pacífica com a irmã seria um desafio: "Conviver com ela? Não sei, não sei. É difícil, né? É muito difícil".

A carta de Daniel Cravinhos

Na carta enviada a Andreas, Daniel Cravinhos expressa arrependimento pelo crime e a vontade de reparar o dano causado. "Quero te dizer que, se eu pudesse voltar no tempo, jamais teria feito o que fiz. Sei que isso não muda o passado, mas espero que um dia você me perdoe", escreveu Daniel.



O caso Richthofen

O assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, ocorrido em outubro de 2002, chocou o Brasil e gerou grande comoção social. Suzane von Richthofen, à época com 18 anos, planejou e executou o crime junto com seus namorados, Daniel e Cristian Cravinhos.

Os três foram condenados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsificação de documento. Suzane foi condenada a 34 anos de prisão, enquanto Daniel e Cristian receberam penas de 39 anos e 38 anos, respectivamente.

Em 2017, Suzane obteve progressão de pena para o regime semiaberto e, em 2021, foi beneficiada pela Lei de Execução Penal, que permite a progressão para o regime aberto após cumprimento de 2/3 da pena.

Repercussão

A recusa de Andreas em perdoar Daniel Cravinhos e se reaproximar de Suzane gerou reações diversas na sociedade. Alguns defendem a posição de Andreas, reconhecendo a dor e o trauma que ele sofreu, enquanto outros acreditam na possibilidade de redenção e na importância do perdão.

O caso Richthofen continua a marcar a história criminal brasileira e serve como um lembrete dos perigos da violência e da importância da justiça.
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