1º de Maio com Lula e 9 ministros tem pouco público em São Paulo

Durante seu discurso no evento de celebração do Dia do Trabalhador, promovido pelas centrais sindicais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou preocupação com a mobilização para o evento. Ele observou que a convocação para o ato de 1º de Maio, realizado no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, não atendeu às expectativas, resultando em uma menor presença de público.

Lula mencionou que discutiu o assunto com Márcio Macedo, titular da Secretaria-Geral da Presidência, mas tentou minimizar a questão da audiência reduzida.

"Ele (Márcio Macedo) é o responsável pelo movimento social brasileiro. Não podemos deixar isso passar em branco. Ontem mesmo eu conversei com ele sobre esse evento e disse: 'Márcio, a convocação para o evento não foi feita como deveria. Não fizemos o esforço necessário para atrair o número de pessoas esperado'. Mas, de qualquer forma, estou acostumado a falar para mil, para um milhão, mas também, se necessário, falo apenas com a pessoa maravilhosa que está aqui na minha frente para conversar conosco", afirmou.

Antes da intervenção de Lula, outros líderes sindicais defenderam uma maior presença das alas de esquerda nas ruas, em contraposição aos atos convocados pela direita liderada por Jair Bolsonaro, embora sem mencioná-lo diretamente.

Nas redes sociais, aliados do ex-presidente ironizaram o que consideraram uma baixa participação nos eventos das centrais, mesmo antes do início efetivo do evento. "Um boneco do Bolsonaro atrai mais pessoas para as ruas", ironizou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). "Lula quebra mais um recorde de fiasco absoluto", acrescentou Gustavo Gayer (PL-GO).

Além de Lula e Macedo, estavam presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), André Fufuca (Esportes), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Paulo Pimenta (Comunicações). O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato de Lula nas eleições em São Paulo, também esteve presente e discursou.