14/10/2023 às 06h49min - Atualizada em 14/10/2023 às 06h49min

Eclipse solar: entenda o fenômeno sábado (14)

No próximo sábado, 14 de outubro, um evento celestial de tirar o fôlego está programado para iluminar o céu: um eclipse solar anular

Foto: Juan Mabromata/AFP

No próximo sábado, 14 de outubro, um evento celestial de tirar o fôlego está programado para iluminar o céu: um eclipse solar anular. Este espetáculo cósmico será visível em sua totalidade apenas em algumas regiões do planeta, mas os brasileiros têm a chance de testemunhar o fenômeno de forma parcial.

O eclipse solar anular começará a ser observado no Brasil por volta das 15h (horário de Brasília), com o horário exato do ápice variando de acordo com a localização do observador. Em Manaus, no Amazonas, por exemplo, a expectativa é que o eclipse atinja seu ponto máximo entre 15h e 15h30. Já em João Pessoa, na Paraíba, o pico está previsto para cerca de 16h40.

De acordo com o Observatório Nacional brasileiro, o fenômeno de 2023 concluirá sua jornada na costa leste do país por volta das 17h30 (horário de Brasília). Abaixo, detalhamos como cada estado brasileiro poderá apreciar o eclipse solar anular.

O eclipse anular é conhecido por criar um "anel de fogo" no céu, tornando-o um evento amplamente aguardado. No entanto, é importante destacar que não é seguro olhar diretamente para o sol durante um eclipse solar.


A astrônoma Josina Nascimento, em entrevista ao portal do Observatório Nacional, alerta que o uso inadequado de dispositivos como telescópios pode causar danos imediatos e irreversíveis à visão. Ela enfatiza a importância de utilizar um telescópio apropriado com filtro adequado e de ser supervisionado por profissionais. Uma alternativa segura é a observação indireta por meio de projeção, onde um simples pedaço de papelão com um furo no meio pode ser usado para direcionar a imagem do eclipse para um papel branco no chão.

Marcelo Zurita, astrônomo e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros, esclarece que o perigo não reside no eclipse em si, mas na intensa radiação solar que pode danificar a retina dos observadores. Ele compara a concentração da luz solar na retina à ação de uma lente ou lupa que queima um ponto focal. A exposição contínua à luz solar pode causar ferimentos na retina que, em casos graves, podem levar à cegueira. Portanto, Zurita recomenda evitar olhar diretamente para o Sol, não apenas durante eclipses, mas sempre que possível. O físico Anisio Lasievicz concorda, enfatizando que a luz solar é prejudicial aos olhos, independentemente das circunstâncias.

O que torna um eclipse solar "anular" é o alinhamento preciso entre o Sol, a Lua e a Terra, resultando na cobertura da maior parte do disco solar, deixando apenas uma borda em forma de anel visível. Essa configuração cria o característico "anel de fogo" no céu. A principal diferença entre um eclipse solar anular e um eclipse solar total reside na distância relativa entre a Lua e a Terra, conforme explicado pela astrônoma Josina Nascimento. No eclipse anular, a Lua está um pouco mais distante da Terra, fazendo com que seu diâmetro aparente seja menor em relação ao do Sol. Ambos os tipos de eclipse envolvem a Lua alinhada entre a Terra e o Sol, bloqueando a luz solar em parte da superfície da Terra, resultando em uma sombra escura (umbra) onde a luz é completamente bloqueada e uma sombra mais clara (penumbra) onde o eclipse é parcialmente visível.

Portanto, os observadores interessados em testemunhar este espetáculo cósmico devem fazê-lo com segurança, usando equipamentos adequados ou métodos de observação indireta, para proteger seus olhos da intensa radiação solar durante o eclipse solar anular deste sábado, 14 de outubro.












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