07/10/2023 às 16h25min - Atualizada em 07/10/2023 às 16h25min

Hamas ataca e Israel responde "estamos em guerra e vamos ganhar"

Israel acordou em choque neste sábado (7) após sofrer um dos maiores ataques de sua história pelo movimento islâmico armado Hamas

Homem corre após explosão provocada por foguete lançado da Faixa de Gaza, em Israel, em 7 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Amir Cohen
Israel acordou em choque neste sábado (7) após sofrer um dos maiores ataques de sua história pelo movimento islâmico armado Hamas. Logo ao amanhecer, centenas de foguetes foram lançados sobre o território israelense, deixando um rastro de morte e destruição.

A agressão, originada a partir da Faixa de Gaza, começou com vários terroristas do Hamas infiltrando-se no território de Israel. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o país estava oficialmente em estado de guerra e lançou a operação militar batizada de "Espadas de Ferro". 


Uma reunião de emergência com autoridades de segurança foi convocada e um grande contingente de reservistas foi chamado para reforçar a defesa do país. "Estamos em guerra e vamos ganhar", prometeu um determinado Netanyahu. "O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."

O presidente israelense, Isaac Herzog, condenou veementemente o ataque, descrevendo o Hamas como "um exército terrorista cujo único objetivo é o assassinato a sangue frio de homens, mulheres e crianças inocentes". Herzog também apelou à comunidade internacional para que se posicione clara e inequivocamente contra o Hamas e seus aliados no Irã.

Até o momento, existem pelo menos 40 mortos e mais de 1000 feridos em Israel e 200 mortos e 1600 feridos na Palestina. O grupo Jihad Islâmica Palestina também anunciou seu alinhamento ao Hamas na ofensiva, reiterando sua participação na batalha.


Europa
Em meio à crescente tensão e violência, líderes europeus se manifestaram em solidariedade a Israel. Ursula von der Leyen, chefe da comissão executiva da União Europeia, Olaf Scholz, chanceler alemão, Emmanuel Macron, presidente francês, e Antonio Tajani, ministro das Relações Exteriores italiano, condenaram os ataques do Hamas e reiteraram o direito de Israel de se defender.

No entanto, não foi apenas Israel que recebeu apoio internacional. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, que enfrenta seu próprio conflito contra a Rússia, expressou apoio ao direito de Israel de se defender, condenando veementemente os ataques terroristas.

Origens do Conflito: O conflito Israel-Palestina tem suas raízes na reivindicação de ambas as nações pelo mesmo território. A área, historicamente conhecida como Palestina, viu um aumento na imigração judaica durante e após o Holocausto. A criação do Estado de Israel em 1948, após a Resolução da ONU, levou a confrontos entre árabes e judeus na região.

Hamas: Fundado em 1987, o Hamas é um grupo militante islâmico que opera principalmente na Faixa de Gaza. Eles são vistos como terroristas por Israel, EUA, UE, Reino Unido e outras nações. No entanto, para muitos palestinos, eles são vistos como resistência legítima à ocupação israelense.



Confrontos e Tréguas: Ao longo dos anos, houve vários confrontos entre Israel e Hamas. Estes variam desde trocas de foguetes e ataques aéreos até operações terrestres de larga escala. Também houve várias tentativas de tréguas e acordos de cessar-fogo, alguns dos quais duraram por períodos prolongados, enquanto outros foram de curta duração.

Causas de Conflitos Recentes: Os confrontos recentes têm sido provocados por uma variedade de razões. Estes incluem ataques de foguetes do Hamas, retaliações israelenses, tensões em torno do Monte do Templo em Jerusalém, disputas sobre terras e casas em bairros como Sheikh Jarrah em Jerusalém, e outros gatilhos regionais.

Conflito de 2021: Em maio de 2021, um conflito significativo eclodiu após tensões em Jerusalém durante o Ramadã e a iminente ameaça de despejo de famílias palestinas em Sheikh Jarrah. O conflito resultou na morte de mais de 200 palestinos, incluindo civis, e 12 israelenses. Após 11 dias de luta, um cessar-fogo foi mediado pelo Egito.

Repercussões Internacionais: O conflito entre Israel e Hamas frequentemente atrai atenção internacional, com países e organizações tomando posições e pedindo calma de ambos os lados. A solução de dois estados, em que Israel e Palestina coexistem pacificamente como dois países separados, é frequentemente proposta como uma solução, embora os detalhes e a viabilidade dessa solução sejam amplamente debatidos.

Questões Humanitárias: A situação em Gaza é particularmente preocupante do ponto de vista humanitário. O bloqueio a Gaza por Israel e Egito, em resposta à tomada de poder pelo Hamas em 2007, levou a condições difíceis para os residentes, incluindo falta de acesso a serviços básicos e oportunidades econômicas.




Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://vale24horas.com.br/.
Fale com a #Redação
Fale com a #Redação
Encontrou algum erro? Quer fazer uma sugestão de matéria? Fale agora mesmo com a redação do Vale 24 Horas