29/05/2023 às 14h02min - Atualizada em 29/05/2023 às 14h02min

Ministro da Suécia discute possível adesão à OTAN com representante turco

Após as eleições e tensões recentes, a possibilidade de cooperação e desafios futuros são debatidos

Redação
Foto: Reprodução

O Ministro das Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, planeja se reunir com um representante da Turquia para discutir a possível adesão da Suécia à OTAN. O encontro entre Billstrom e Melvut Cavusoglu está agendado para ocorrer em Oslo nesta quinta-feira, dia 1º.

Billstrom anunciou que entrou em contato com Cavusoglu para parabenizá-lo pela vitória do presidente Tayyip Erdogan nas eleições presidenciais realizadas no último domingo, dia 28. Segundo Billstrom, Cavusoglu respondeu prontamente e confirmou a disponibilidade para discutir a questão da adesão à OTAN. A reunião está prevista para acontecer durante o encontro dos ministros das Relações Exteriores da OTAN em Oslo.

Os Estados Unidos, a União Europeia e a OTAN parabenizaram Erdogan e enfatizaram a importância de trabalharem juntos. O presidente dos EUA, Joe Biden, o Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e a Presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, expressaram seus cumprimentos ao presidente turco pela sua reeleição e destacaram a esperança de uma cooperação contínua.

Erdogan conquistou um feito notável ao vencer o segundo turno das eleições, garantindo seu terceiro mandato como presidente da Turquia e estendendo seu governo para uma terceira década. No entanto, sua liderança tem gerado tensões com os Estados Unidos, a União Europeia e a OTAN. A política externa mais assertiva de Erdogan, focada em aumentar a influência da Turquia, tem causado atritos, especialmente devido à aquisição do sistema de defesa de mísseis S-400 da Rússia. Essa compra tem sido motivo de discordância, pois os EUA e a OTAN acreditam que isso compromete a segurança e a interoperabilidade das operações militares da OTAN.

Em resposta, os EUA suspenderam a participação da Turquia no programa de caças F-35 em 2019 e impuseram sanções a autoridades e entidades turcas envolvidas na compra do S-400.

Além disso, membros da UE e da OTAN têm expressado preocupação com as políticas domésticas de Erdogan. Acusações de retrocesso democrático, censura à mídia e violações dos direitos humanos têm levado a críticas por parte dos aliados ocidentais da Turquia, que veem essas ações como contrárias aos valores compartilhados pela OTAN e pela UE.


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