Delator afirma que Bolsonaro se reuniu com Cúpula Militar para discutir possível golpe militar

Em uma reviravolta surpreendente, detalhes de uma suposta reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e a cúpula das Forças Armadas, ocorrida no ano passado, emergiram em uma delação explosiva feita pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Segundo as informações reveladas, essa reunião teria tido como objetivo discutir uma minuta que abriria espaço para uma possível intervenção militar no Brasil, com a intenção de impedir qualquer mudança no governo.

A notícia, que veio à tona por meio da delação premiada de Mauro Cid, causou um alvoroço entre os militares e na sociedade em geral. O relato menciona a presença do próprio Cid na reunião, onde os detalhes de um plano de golpe teriam sido debatidos pelos participantes.

No entanto, o ponto mais alarmante para a cúpula das Forças Armadas é a afirmação de Mauro Cid de que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria supostamente informado a Bolsonaro que sua tropa estaria disposta a seguir o chamado do então presidente em apoio a um eventual golpe. Enquanto isso, o comando do Exército teria se posicionado contrário à ideia golpista naquela ocasião.

A delação de Mauro Cid é considerada um ponto de partida para as investigações em andamento. A Polícia Federal está conduzindo o caso com discrição e cautela, uma vez que a validação das informações e a responsabilização das pessoas mencionadas dependem de provas que corroboram o depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

A revelação de Mauro Cid gera grande preocupação entre os militares, especialmente devido à envolvência de membros da alta cúpula das Forças Armadas e ex-ministros que ocuparam cargos de generais na reserva. O caso continua sendo acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades, à medida que novos desenvolvimentos podem ter repercussões significativas no cenário político e militar do Brasil.