30/06/2023 às 14h19min - Atualizada em 30/06/2023 às 14h19min

Resultado majoritário contra Bolsonaro no TSE leva aliados a discutir 'futuro'; governistas comemoram 'Justiça feita'

Repercuti a condenação de Bolsonaro, políticos e autoridades se manifestam

Redação
Foto: 03/05/2023REUTERS/Adriano Machado

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria e condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, além de declará-lo inelegível até 2030, políticos e autoridades iniciaram a repercussão da decisão.
 

A condenação de Bolsonaro pelo TSE gerou uma série de reações e debates entre aqueles que apoiam e criticam o ex-presidente. As manifestações foram divididas, refletindo as diferentes perspectivas políticas presentes no cenário nacional.
 

Por parte dos políticos que se posicionam contrários a Bolsonaro, a decisão do TSE foi recebida com aplausos e comemoração. Líderes de partidos de oposição destacaram a importância da justiça eleitoral em coibir práticas consideradas irregulares e abusivas, ressaltando a necessidade de garantir a lisura e equidade no processo democrático.
 

Por outro lado, aliados e defensores de Bolsonaro demonstraram indignação e contestaram a decisão do TSE. Para eles, a condenação representa um ato político e uma tentativa de minar o ex-presidente e seu legado. Manifestações de apoio a Bolsonaro surgiram nas redes sociais e em atos públicos de seus seguidores, que questionaram a imparcialidade do tribunal.
 

Além dos políticos, autoridades também se pronunciaram sobre a condenação de Bolsonaro. Representantes de órgãos de fiscalização e controle ressaltaram a importância de se combater qualquer tipo de abuso de poder político e reforçaram a necessidade de manter a integridade do sistema eleitoral brasileiro.
 

A decisão do TSE certamente terá um impacto significativo no panorama político do país, podendo influenciar as futuras eleições e o posicionamento dos diversos atores políticos. O debate em torno da condenação de Bolsonaro continuará a alimentar as discussões políticas, enquanto os desdobramentos jurídicos e as estratégias dos diferentes grupos políticos se desenrolam nos próximos meses.

 
Veja o que disseram:
 
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais
 
"Bolsonaro inelegível não é sobre as eleições de 2026, algo ainda muito distante das nossas preocupações. Mas sim sobre o papel do ex-presidente nos ataques à democracia. Os votos dos ministros foram enfáticos na comprovação dos abusos de Bolsonaro, mentor dos sucessivos ataques à democracia que culminaram nos atos terroristas de dezembro e 8 de janeiro."
Ciro Nogueira (PP-PI), senador e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro
 
"Podem ferir o presente, podem nublar o hoje, mas ninguém pode impedir o futuro. Ninguém pode proibir o amanhã. A esperança está mais viva do que nunca."
Carlos Lupi, ministro da Previdência e presidente do PDT, partido autor da ação contra Bolsonaro
"A justiça foi feita! O belzebu desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros, e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a justiça brasileira para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!"
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial
"Vidas perdidas, ataques à democracia, mentiras, desvio de função. Que esse seja só o começo da responsabilização de quem, por 4 anos, tripudiou do nosso povo de tantas formas. Nós merecemos um país do respeito. Vamos seguir trabalhando pra não retroceder nunca mais."
Marcelo Castro (MDB-PI), senador
"Ele atacou as urnas e o sistema eleitoral. Fez isso utilizando a TV oficial do governo. Para o TSE, o ex-presidente cometeu abuso de poder, uso indevido dos meios de comunicação e não poderá disputar as eleições por 8 anos. A democracia saiu vitoriosa!"
Fabio Wajngarten, ex-secretário de Bolsonaro
"Mais fortes. Mais determinados. Mais empenho. Mais motivação. Mais vontade de mudar o Brasil. Sempre juntos com o presidente Jair Bolsonaro."
Rodolfo Nogueira (PL-MS), deputado federal
“Em um julgamento totalmente político, o voto da ministra Carmem Lúcia fez com que o TSE formasse maioria para tornar o presidente Bolsonaro inelegível. Isso é uma grande aberração jurídica. Não há embasamento legal pra tornar o maior lidar da direita inelegível. Só quem pode por um ponto final no destino de uma nação é Deus. Seguimos firme com o nosso capitão.”
Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada federal e presidente do PT
"Decisão do TSE que torna Bolsonaro inelegível tem uma enorme força didática. O tribunal condenou os métodos da extrema-direita, como a disseminação industrial de mentiras, as ameaças à democracia, o uso da máquina pública pra perseguir adversários e prevalecer na disputa eleitoral. A defesa da democracia e o enfrentamento ao fascismo permanecem na ordem do dia. Um grande dia!"

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