21/03/2024 às 07h34min - Atualizada em 21/03/2024 às 07h34min

Cobra no prato? Carne de réptil pode ser a proteína do futuro, dizem cientistas

A pesquisa, assinada pela jornalista Meghan Barthels, destaca o crescimento acelerado das cobras em cativeiro, superando aves e mamíferos

Foto: Reprodução
Prepare-se para uma mudança radical no seu cardápio: a carne de cobra pode ser a proteína do futuro, de acordo com um estudo publicado na revista científica "Nature". Um grupo de cientistas, liderado por Dan Natusch da Universidade Macquarie na Austrália, analisou dados de fazendas de pítons no Vietnã e na Tailândia e descobriu que esses répteis podem ser uma alternativa sustentável à carne bovina, com um impacto ambiental consideravelmente menor.

A pesquisa, assinada pela jornalista Meghan Barthels, destaca o crescimento acelerado das cobras em cativeiro, superando aves e mamíferos commonly consumidos pela população global de 8 bilhões de pessoas. Essa vantagem se deve à natureza ectotérmica das pítons, animais de sangue frio que não precisam gerar calor interno, economizando energia e convertendo alimentos em massa corporal com maior eficiência.

Sustentabilidade na mesa:

A pecuária bovina, por outro lado, é apontada como uma das principais causas de desmatamento e emissões de gases de efeito estufa, respondendo por quase 10% do total global. As cobras, por outro lado, exigem menos terra, água e alimento para serem criadas, tornando-se uma opção mais sustentável para a produção de proteína animal.

Resistência a desafios:

Outro ponto forte das cobras reside em sua capacidade de jejuar por longos períodos. Essa característica se torna crucial em momentos de instabilidade econômica e climática, como a pandemia de Covid-19 que assolou o mundo em 2020. "As pítons podem ser uma solução para os desafios futuros que nos aguardam, com a expectativa de uma volatilidade ainda maior no cenário global", afirma Natusch.


O futuro da proteína:

Embora a ideia de consumir carne de cobra possa parecer estranha para muitos, a pesquisa abre um leque de possibilidades para a segurança alimentar e a sustentabilidade do planeta. "As cobras podem ser uma fonte de proteína nutritiva e eficiente, com um impacto ambiental significativamente menor do que a pecuária tradicional", conclui Barthels.


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