03/12/2023 às 05h43min - Atualizada em 03/12/2023 às 05h43min

Minas Gerais registra caso de Dengue tipo 3 após 15 anos sem epidemias

Segundo especialistas, há risco de epidemia devido à baixa imunidade entre a população

Jcomp/Freepik
Um caso de dengue tipo 3, um sorotipo que não era registrado em Minas Gerais há 15 anos, foi confirmado. O infectado reside em Belo Horizonte, informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Detalhes como sexo, idade e condição de saúde atual do paciente não foram divulgados. Esse reaparecimento acende um alerta nas autoridades. Especialistas indicam um risco de epidemia, devido à baixa imunidade na população.

A confirmação do diagnóstico ocorreu na quinta-feira (30), após análises realizadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Está em curso uma investigação para determinar o local preciso da infecção na capital.


Existem quatro sorotipos de dengue (DENV1, DENV2, DENV3, DENV4). Uma infecção confere imunidade ao sorotipo específico, mas a pessoa ainda pode ser infectada pelos demais. O sorotipo 3 circulou no Brasil de 2004 a 2008. Em Minas, nos últimos quatro anos, só foram registrados casos dos sorotipos DENV1 e DENV2, segundo a SES.

O infectologista Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia, alerta que a situação pode ser mais grave para quem já teve a doença. Ele explica: “Os sintomas da dengue tipo 3 são similares aos dos tipos 1 e 2. Assim, pessoas que já tiveram dengue com esses sorotipos, ao contrair o tipo 3, podem desenvolver uma forma mais séria da doença. Isso pode levar a um aumento da lotação nas unidades de emergência e hospitais".

Principais Sintomas

Os sintomas de alerta para a dengue incluem febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor abdominal, e vômito persistente. Além disso, sangramentos na gengiva, nariz ou na urina também são sinais preocupantes. Diante de qualquer um destes sintomas, é crucial procurar atendimento médico imediatamente na unidade de saúde mais próxima.

Para prevenir a doença, recomenda-se medidas já conhecidas: manter a limpeza dos quintais para evitar água parada, que serve como criadouro para o mosquito Aedes aegypti, e permitir a vistoria dos agentes de saúde em busca de possíveis focos do mosquito.

Eduardo Campo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, faz um apelo à população mineira para que contribua com esses esforços. Ele pede que todos verifiquem a existência de água parada em suas residências e bairros. Essa ação conjunta é fundamental para evitar a circulação da dengue e da chikungunya no estado.

Fonte: Hoje em Dia
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