23/09/2023 às 07h46min - Atualizada em 23/09/2023 às 07h46min

El Niño e picos de temperatura: Previsões para a Primavera que começa hoje, 23 de setembro

A primavera, que se inicia neste sábado (23), traz consigo a expectativa de temperaturas elevadas

Foto: William Cardoso
A primavera, que se inicia neste sábado (23), traz consigo a expectativa de temperaturas elevadas e chuvas acentuadas em diversas regiões do Brasil, especialmente sob o efeito do fenômeno El Niño. Entenda o que se pode antecipar para os próximos meses, até o encerramento da estação em dezembro.

Altos índices térmicos à vista. As regiões Centro-Oeste e Sudeste estão em alerta para significativas ondas de calor, que podem registrar marcas históricas durante a primavera. Já no Sul, a preocupação gira em torno dos meses de novembro e dezembro, quando o calor extremo pode ser mais recorrente.

O intervalo entre o final de setembro e novembro sinaliza ser o mais vulnerável para picos de temperatura. Contudo, a chegada de dezembro e a previsão de chuvas mais frequentes minimizam a probabilidade de episódios de calor intensificado por períodos prolongados.


Tendência é de chuva acima ou muito acima da média na maior parte do Sul do Brasil. Isso se deve à influência do El Niño. Em São Paulo, no sul de Minas e no Rio, também pode haver chuva acima da média, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

A tendência para o trimestre, especialmente entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas notadamente entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é de chuvas persistentes, intensas e frequentes, com temporais e granizo.

Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia)


Grande volume de chuva pode contribuir para elevar os níveis de água no solo, causando inundações e deslizamentos.

Tendência é de tempo mais seco no Norte e Nordeste, também por impacto do El Niño. O fenômeno ocorre a cada 5 ou 7 anos e caracteriza-se pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico equatorial. O El Niño se configurou agora de maneira mais "potente", concentrando-se mais na região leste do continente do que na área central do Pacífico.

Quando isso acontece, as anomalias de chuva no Sul são maiores e as anomalias de seca no Norte e Nordeste também. De um lado do Brasil é mais seco e, do outro, mais chuvoso. É isso que podemos esperar para a primavera.
Giovanni Dolif, meteorologista


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