Foto: reproduçãoNa noite da última sexta-feira (14), uma operação conjunta visou coibir a comercialização de cigarros eletrônicos, conhecidos como 'vapers', no interior da ExpoAgro e em seu entorno. A operação foi motivada pela preocupação com a saúde da população, especialmente de jovens e adolescentes, que são as maiores vítimas dos malefícios causados por esses dispositivos.
A operação foi resultado de uma série de abordagens realizadas pelo Juizado de Menores na ExpoAgro. Durante essas abordagens, constatou-se que alguns adolescentes portavam vapers, que foram apreendidos e os menores encaminhados para os responsáveis legais.
Os adolescentes relataram ter adquirido os dispositivos de vendedores que os abordaram na entrada da ExpoAgro. Essas informações foram encaminhadas para a autoridade sanitária, a Vigilância Sanitária, resultando em uma operação conjunta entre a Vigilância Sanitária, o Juizado da Infância e Juventude, a Polícia Militar, fiscais do Procon Regional e auditores fiscais do município.
Na operação, foram identificados e abordados dois comerciantes clandestinos, um no interior e outro na entrada da ExpoAgro. Diversos cigarros eletrônicos foram apreendidos.
A Resolução da ANVISA nº 46, de 28 de agosto de 2009, proíbe a comercialização, importação e propaganda de qualquer dispositivo eletrônico para fumar, incluindo cigarros eletrônicos, especialmente os que alegam substituir o cigarro comum ou que se apresentem como alternativa no tratamento do tabagismo.
Recentemente, a Polícia Civil do Espírito Santo prendeu o maior fornecedor de cigarros eletrônicos do estado, investigado pela venda de vapers "batizados" com drogas como fentanil e "K9". Existe a possibilidade de que produtos similares tenham chegado a Minas Gerais.
Os cigarros eletrônicos são perigosos devido à sua falta de regulamentação. O conteúdo desses dispositivos é desconhecido, podendo ser facilmente adulterado com qualquer tipo de droga, levando à rápida dependência, ao risco de doenças pulmonares e ao câncer. Os vapers, que são pequenos e se assemelham a um pen drive, podem conter até 57 mg de nicotina por ml do líquido, muito acima do limite de 1 mg por cigarro convencional permitido no Brasil.
