17/07/2023 às 15h01min - Atualizada em 17/07/2023 às 15h01min

Mulher liga para a PM simulando pedido de lanche após ser agredida pelo marido em Governador Valadares

Vítima, de 50, contou aos policiais que sofre agressões do companheiro a pelo menos 14 anos.

Redação
Foto: Divulgação

Na madrugada desta segunda-feira (17), uma mulher de 50 anos realizou uma ligação para a polícia em Governador Valadares, solicitando um hambúrguer. O atendente percebeu que se tratava de um código utilizado para denunciar violência doméstica e acionou imediatamente uma viatura para se dirigir ao apartamento da vítima, localizado no bairro Vera Cruz.

De acordo com a Polícia Militar, a mulher não teve tempo de informar qual bloco do condomínio se encontrava, o que levou o COPOM a retornar a ligação. O suspeito, seu companheiro de 49 anos, atendeu a chamada e questionou o motivo, ao qual o policial se passou por um entregador de lanches, informando que estava do lado de fora do apartamento. Diante disso, o homem desligou a ligação.


Segundo o boletim de ocorrência, a equipe policial permaneceu no local para tentar identificar o bloco e o apartamento. Poucos minutos depois, os policiais ouviram os gritos da vítima. Rapidamente, eles bateram na porta do apartamento, enquanto outros policiais se posicionaram na sacada do prédio.

Ao abrir a porta, o homem questionou os militares se haviam sido enviados para entrar no imóvel. Após receberem resposta negativa, os policiais conseguiram retirar o homem para fora do condomínio, mesmo enfrentando resistência durante a prisão. Ele foi algemado e conduzido até a delegacia.

No boletim de ocorrência, consta que, devido à resistência do suspeito, o sargento que tentou imobilizá-lo sofreu escoriações nas mãos. A mulher relatou aos policiais que sofre violência doméstica há pelo menos 14 anos, mencionando que vinha sendo agredida e ameaçada com um facão nos últimos dias. Ela ainda revelou que o companheiro faz uso de crack e a mantinha trancada no quarto, impedindo-a de sair.

A vítima informou que, nesta segunda-feira, foi agredida com socos no estômago, enforcada e ameaçada de morte caso a polícia fosse acionada. Porém, devido ao seu estado de confusão mental e temor em relação ao marido, ela optou por não se dirigir à delegacia para realizar a representação contra o suspeito.

A mulher também alegou que o marido possuía uma arma, a qual não foi encontrada durante a busca autorizada pela vítima no imóvel. Durante uma conversa com os policiais, o homem afirmou que não ficaria muito tempo preso e, ao ser questionado se mataria a mulher, respondeu que "tudo pode acontecer".


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