13/03/2024 às 15h11min - Atualizada em 13/03/2024 às 15h11min

Professores da rede estadual de MG iniciam greve

Paralisação busca pressionar o Governo de Minas Gerais para que o piso nacional da categoria seja adotado

Estado de Minas Gerais
Foto: Reprodução/ FETEMS
Professores da rede estadual de Minas Gerais iniciaram nesta quarta-feira (13) uma greve de 48 horas, com atos em todo o estado. A paralisação, aprovada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) no dia 22 de fevereiro, visa pressionar o governo estadual a atender diversas demandas da categoria, entre elas a adoção do piso nacional salarial.

Uma das principais reivindicações dos professores é a derrubada do veto do governador Romeu Zema (Novo) ao projeto de lei que trata do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O veto, que impede a extensão do atendimento médico do Ipsemg para aposentados pelo regime geral da previdência, será debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (14).


A greve busca pressionar os deputados estaduais a derrubarem o veto, possibilitando odiálogo entre os servidores e representantes do governo. Atos regionais foram organizados em todo o estado para mobilizar a categoria e a comunidade em torno da luta por seus direitos.

Salário e Fundeb

Em janeiro deste ano, o governo estadual reajustou o salário dos professores em 12,84%, elevando o valor para R$ 2.652,22 por 24 horas trabalhadas por semana. No entanto, o piso nacional da categoria foi reajustado para R$ 4.580,57, o que gera uma diferença de R$ 1.928,35 entre o piso e o salário pago em Minas Gerais.

Os professores também reivindicam a divisão do saldo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de dezembro de 2023 com a categoria.

Mobilização e diálogo

A paralisação de 48 horas é um marco na luta dos professores de Minas Gerais por melhores condições de trabalho e valorização profissional. A mobilização da categoria e o diálogo com o governo estadual são essenciais para a construção de soluções que atendam às demandas dos educadores e assegurem uma educação pública de qualidade para todos os mineiros.
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