23/02/2024 às 17h52min - Atualizada em 23/02/2024 às 17h52min

'Mini-furacão' Akará: entenda fenômeno que causou semana chuvosa em Minas Gerais

A tempestade subtropical que atingiu o litoral Sul do Brasil acabou causando dias de chuva quase ininterrupta sobre os municípios mineiros

O Tempo
Imagem mostra a tempestade tropical Akará na costa brasileira. — Foto: NOAA

As chuvas que atingem Minas Gerais há uma semana estão previstas de diminuírem já a partir deste sábado (24 de fevereiro), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Mas você sabia que as nuvens que "estacionaram" sobre o Estado são resultado de um fenômeno climático incomum: uma tempestade subtropical batizada de "Akará" pela Marinha Brasileira?

A meteorologista Anete Fernandes, do Inmet, explica como se formou essa tempestade: "Na semana passada, uma área de baixa pressão se formou no litoral do Rio de Janeiro, causando aumento de nebulosidade e chuvas isoladas até o dia 18. No final de semana, essa área se intensificou e se deslocou para o litoral Sul, transformando-se em um ciclone subtropical. Com o tempo, o ciclone se intensificou ainda mais, virando uma depressão subtropical e, finalmente, a tempestade subtropical 'Akará'. A tempestade subtropical é como um 'mini-furacão' que ocorre em latitudes subtropicais", explica a especialista.


Embora o fenômeno tenha se formado no oceano, a umidade vinda de diversas partes do país foi "aprisionada" sobre Minas Gerais, causando as fortes chuvas. "Um sistema dessa intensidade atrai toda a umidade do interior do continente para o litoral. No caso de Minas Gerais, tínhamos umidade vinda do sul da Amazônia, das regiões Centro-Oeste, Sudeste e até mesmo do Nordeste, todas sendo canalizadas para alimentar a tempestade. Essa situação persistiu até a manhã de quinta-feira (22), mas o sistema já começou a se desintensificar e a reduzir a intensidade das chuvas", concluiu Anete.

Ainda que a chuva diminua a partir de sábado, é importante que a população de Minas Gerais permaneça atenta aos alertas meteorológicos e siga as orientações das autoridades locais. O risco de deslizamentos de terra e inundações ainda existe em áreas de risco.
 


Notícias Relacionadas »
Fale com a #Redação
Fale com a #Redação
Encontrou algum erro? Quer fazer uma sugestão de matéria? Fale agora mesmo com a redação do Vale 24 Horas