23/02/2024 às 15h08min - Atualizada em 23/02/2024 às 15h08min

Exploração infantil em Ilha de Marajó já foi tema de CPI

Caso voltou a repercutir após denúncia de cantora

CNN Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Ilha de Marajó, no Pará, voltou a ser o centro das atenções devido a denúncias de exploração sexual infantil. O tema, que já foi debatido em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado em 2010, ganhou repercussão nacional após a cantora Aymeê fazer fortes relatos sobre o assunto em um programa de competição musical.

Em sua fala, Aymeê denunciou a grave situação de abuso sexual infantil na ilha, incluindo tráfico de órgãos e prostituição de crianças. As declarações da cantora geraram comoção e mobilizaram a sociedade civil, exigindo medidas urgentes para combater esse crime.

 
CPI de 2010
 
A CPI do Senado, realizada em 2010, investigou a exploração sexual infantil na Ilha de Marajó e concluiu que a região era um foco de violência sexual contra crianças e adolescentes. A comissão também destacou a exploração sexual nas embarcações que trafegam na região, principalmente nas balsas e navios de transporte de cargas para Manaus.
 
Dom José Luis Azcona
 
O bispo Dom José Luis Azcona, que há décadas luta contra a exploração de menores na ilha, teve participação importante na CPI e alertou para a gravidade do problema. Em 2015, ele relatou que crianças se ofereciam aos ocupantes de balsas com consentimento familiar.

Relatos falsos
Em 2020, a então ministra Damares Alves gerou polêmica ao afirmar que havia mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na Ilha de Marajó, sem apresentar provas. O MPF a denunciou por propagação de fake news e exigiu retratação pública e indenização por danos sociais e morais à população da ilha.

A luta contra a exploração sexual infantil na Ilha de Marajó é um desafio que exige medidas urgentes e contundentes por parte das autoridades. É necessário fortalecer as ações de investigação e punição dos crimes, bem como investir em políticas públicas de prevenção e proteção da infância.

A sociedade civil também tem um papel fundamental na luta contra esse crime. É importante denunciar qualquer caso de abuso sexual infantil e mobilizar a comunidade para exigir soluções para essa grave questão.
Notícias Relacionadas »
Fale com a #Redação
Fale com a #Redação
Encontrou algum erro? Quer fazer uma sugestão de matéria? Fale agora mesmo com a redação do Vale 24 Horas