Ana Clara, viúva do sargento Roger Dias da Cunha, assassinado em serviço durante uma perseguição em Belo Horizonte, guardou a bandeira do Brasil usada para cobrir o caixão do militar no velório nessa terça-feira (9).
O tecido, ela explicou, será entregue quando a filha de 5 meses, Maria Clara, crescer, para mostrá-la "o herói que o pai dela foi".
"Essa bandeira vai ser para a filha dele. Vou dar quando ela crescer e mostrar para ela o herói que o pai dela foi. O pai incrível que ela teve. Por pouco tempo, mas ele foi incrivelmente maravilhoso", afirmou Ana Clara em um vídeo postado nas redes sociais da Polícia Militar.
A bandeira foi entregue para Ana Clara pelo coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). "Existe uma multidão neste cemitério de policiais e bombeiros lamentando a morte do sargento Dias. Mas podem ter certeza: recuar, a gente não vai", garantiu.
Veja o vídeo:
A cerimônia de despedida ocorreu na tarde desta terça-feira no Cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte. O militar teve morte cerebral confirmada no domingo (7), dois dias depois de ser baleado à queima-roupa durante a perseguição.
O sargento Roger Dias da Cunha tinha 34 anos e estava na Polícia Militar há 12 anos. Ele deixa a esposa Ana Clara e a filha Maria Clara, de apenas 5 meses.
O caso
O sargento Roger Dias da Cunha foi baleado durante uma perseguição a um veículo na madrugada de sexta-feira (5). O policial foi atingido na cabeça e não resistiu aos ferimentos.
O suspeito do crime, um homem de 25 anos, foi preso em flagrante. Além dele, um comparsa, de 33 anos, também foi preso. Apesar da prisão, uma audiência de custódio converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva.
A morte do sargento Roger Dias da Cunha causou comoção na Polícia Militar e na sociedade mineira. O militar foi homenageado em frente a sede da PMMG nesta terça-feira.