Usiminas suspende alto-forno em Ipatinga por aumento de aço Chinês

Na manhã desta segunda-feira (11), o Presidente da Usiminas, Marcelo Chara, anunciou a paralisação do alto-forno 1 em Ipatinga por conta da alta importação do aço chinês. Conforme foi anunciado, para a Usiminas competir com os aços importados algumas mudanças terão que ser feitas, como a desativação do alto-forno 1.

Durante uma declaração, Chara expressou sua preocupação com os desafios enfrentados pela indústria devido à importação do aço chinês. Ele comentou sobre a finalização da construção do alto-forno três, mas manifestou sua preocupação  com a situação atual do mercado e seus impactos. “A indústria está sendo severamente afetada pela importação do aço chinês, o que nos preocupa bastante”, declarou.

Além disso, o presidente da Usiminas destacou as repercussões negativas do fechamento do alto-forno um para a região do Vale do Aço, incluindo a necessidade de reduzir a produção e o crescimento da empresa, e possíveis demissões de funcionários. “Essa é uma medida dura, mas necessária para preservar nossa capacidade competitiva”, afirmou.

Chara também sugeriu que uma abordagem defensiva possível seria a imposição de tarifas pelo governo federal sobre o aço chinês, a exemplo do que fazem os Estados Unidos e o México, visando equilibrar as condições de mercado.


A Usiminas também decidiu interromper as atividades da Coqueria 3, motivada por questões ambientais e compromissos com a comunidade e entidades reguladoras. “Paramos os trabalhos de forma definitiva para alinhar nossas operações com nossos valores ambientais e sociais”, explicou.

Durante uma coletiva de imprensa, Chara mencionou que a entrada de aço no país está superando significativamente a capacidade de produção da Usiminas, e expressou uma visão cautelosa para o ano de 2024, dado o cenário desafiador. “Nosso objetivo é fortalecer nossa competitividade e ser resilientes em um mercado tão complexo. Vamos focar em segurança, transparência e compromisso com a comunidade, buscando ser mais eficientes e robustos”, disse.

Finalmente, a Usiminas confirmou a paralisação do alto-forno 1 na planta de Ipatinga, com previsão de início em breve. A decisão é atribuída ao aumento da importação de aço, especialmente da China, impactando diretamente a operação dos alto-fornos da empresa. Chara apelou por igualdade no setor, pedindo ao governo uma taxação de 25% sobre a importação de aço, alinhando-se aos padrões adotados por outros países para proteger suas indústrias nacionais. Apesar dos esforços e diálogos com o governo, ainda não há uma resposta definitiva.