O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com cirurgia marcada para sexta-feira, relembrou os momentos de campanha presidencial e as dores no quadril que o acompanham desde outubro do ano passado. Ele confessou receio da anestesia e explicou que adiou o procedimento em 2022 por medo de parecer fragilizado após as eleições.
Lula falou durante sua live realizada nesta terça-feira e compartilhou sua experiência durante a campanha:
"Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas. Se o candidato está lá, de cabeça baixa, ele não passa otimismo para a sociedade."
O presidente, entretanto, estava ciente das possíveis interpretações caso fizesse a cirurgia imediatamente após as eleições:
"Depois, eu queria operar logo depois das eleições. Bem, eu disse, se eu operar agora, vão dizer 'o Lula está velho, ganhou as eleições e já está internado'."
Lula ressaltou seu compromisso com o país e sua vontade de continuar trabalhando normalmente após a cirurgia. Ele também revelou que não pretende usar andadores ou muletas durante sua recuperação.
A cirurgia de Lula foi adiada por diversas razões, incluindo seu medo de anestesia e a necessidade de cumprir agendas presidenciais. Ele passará pela artroplastia total de quadril e a colocação de uma prótese híbrida.
A data da cirurgia foi confirmada na semana passada e faz parte do tratamento para suas intensas dores no quadril causadas por uma artrose. Após a cirurgia, Lula deve passar pelo menos três semanas despachando do Palácio da Alvorada.