FIFA exclui três jogadores brasileiros do esporte

A FIFA anunciou medidas drásticas em resposta ao escândalo de apostas envolvendo o futebol brasileiro, estendendo as punições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a nível mundial.

Onze jogadores foram envolvidos nos casos de manipulação de resultados, revelados pela Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás. Entre eles, três jogadores brasileiros foram banidos do futebol pelo resto de suas vidas: Ygor Catatau, Gabriel Tota e Matheus Phillipe.

As punições também afetaram outros jogadores envolvidos no escândalo. Jonathan Doin e Onitsali Moraes foram afastados por 720 dias, enquanto Paulo Sérgio Marques Corrêa, André Luiz Guimarães Siqueira Junior e Mateus da Silva Duarte receberam penas de 600 dias. Fernando José da Cunha Neto, Eduardo Baurermann e Kevin Lomónaco foram suspensos por 360 dias. Todas as punições entraram em vigor a partir da data em que foram condenados pelo STJD.

A FIFA ressaltou que essas medidas foram tomadas em reconhecimento à colaboração exemplar da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e estão em conformidade com o artigo 70 do Código Disciplinar da FIFA. O presidente da Comissão Disciplinar da FIFA decidiu ampliar as sanções para abranger todo o cenário internacional, reforçando o compromisso da entidade com a integridade do esporte em todo o mundo.

Jogadores Podem Buscar Recurso, mas Probabilidade de Reversão é Baixa

Os jogadores têm a opção de recorrer da decisão da Fifa, acionando o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês). No entanto, é importante ressaltar que o caso é considerado sólido, e as chances de reverter tanto a decisão do STJD quanto a da Fifa são consideradas remotas.

Contexto da Decisão

Quando o STJD aplicou as punições aos jogadores envolvidos no escândalo das apostas, também estendeu seu alcance internacional. No entanto, como se trata de uma decisão de um tribunal brasileiro vinculado à CBF, cabe às outras confederações nacionais decidirem se aceitam ou não essa decisão.

Isso resultou em diferentes desfechos, como no caso das confederações turca e ucraniana. Eduardo Bauermann havia fechado contrato com um time turco, mas este foi rescindido poucas horas antes da Fifa anunciar sua decisão. Dadá Belmonte, que foi proibido de atuar no Brasil, foi emprestado a um time ucraniano e não foi afetado pela decisão da Fifa.

Para que as punições tenham validade internacional, a CBF comunicou à FIFA o pedido do STJD. Após análise, a FIFA aceitou a extensão da decisão para todas as confederações em todo o mundo.