31/08/2023 às 08h57min - Atualizada em 31/08/2023 às 08h57min

PF segue com investigações sobre suposta organização criminosa relacionada a Bolsonaro

Os depoimentos simultâneos do ex-presidente, Michelle e dos outros seis investigados terão como objetivo esclarecer o papel desempenhado por cada indivíduo no grupo.

Redação
Foto: Reprodução

Provas obtidas pela Polícia Federal estão reforçando a linha de investigação que sugere a atuação de uma organização criminosa coordenada por Jair Bolsonaro, abrangendo atividades desde a promoção de ataques à democracia até a busca de benefícios ilícitos através dos recursos públicos.

Nesta quinta-feira, depoimentos simultâneos de oito indivíduos investigados serão conduzidos, incluindo o ex-presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro. Essas oitivas foram planejadas para esclarecer os papéis e delitos de cada um dentro desta alegada organização, de acordo com fontes ligadas às investigações.

Agentes da Polícia Federal relatam que as evidências substanciais indicam que este mesmo grupo atuou de forma conjunta e com funções designadas em todas as instâncias sob investigação.Mauro Cid, figura central desse núcleo, tem colaborado com as autoridades, prestando seu terceiro depoimento em apenas seis dias.

A Polícia Federal tem como objetivo concluir os relatórios finais das investigações que envolvem Bolsonaro e seu círculo próximo até dezembro deste ano. Entre os casos em destaque, o mais avançado se refere à alegação de falsificação de certificados de vacinação de Bolsonaro, Cid e seus familiares.

No entanto, esse prazo depende de fatores externos, como a resposta ao pedido de colaboração enviado à polícia dos Estados Unidos, que trata da suposta compra e venda de joias por Bolsonaro. Além disso, os investigadores não descartam a possibilidade de acordos de colaboração serem estabelecidos com indivíduos-chave dentro da organização criminosa.

"Sempre há a possibilidade de negociação para colaboração. É um direito de qualquer indivíduo sob investigação optar por esse acordo. A única condição é entender que a colaboração é viável", disse um investigador à reportagem


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