17/07/2023 às 19h44min - Atualizada em 17/07/2023 às 19h44min

Condenado Felipe Prior abordava mulheres vulneráveis e alcoolizadas em festas

Testemunhas relatam que Felipe Prior, condenado por estupro, abordava mulheres aparentemente vulneráveis e alcoolizadas em festas

Redação
Foto: Reprodução

Após a condenação de Felipe Prior a seis anos de prisão por estupro, testemunhas surgem com relatos perturbadores sobre o comportamento do arquiteto. Segundo testemunhos obtidos pelo Fantástico, Prior tinha o hábito de abordar meninas aparentemente frágeis e alcoolizadas em festas.

Em entrevista exclusiva, o programa conversou com a mulher que denunciou Prior pelo crime. Atualmente com 31 anos, ela era estudante de arquitetura, na época com 22 anos, quando o incidente ocorreu em uma festa na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em agosto de 2014.

“Começou a tirar minha roupa. E, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei: ‘Felipe, eu não quero’. Eu comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Começou a forçar a penetração. (...) Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue”, relembra a vítima.


No último sábado, dia 8 de julho, a Justiça emitiu a sentença condenando Prior por estupro. A juíza destacou a coerência do relato da vítima e dos depoimentos das testemunhas, formando um conjunto robusto de provas. Prior foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto, mas poderá recorrer em liberdade. Além deste caso, existem outras três denúncias de estupro contra ele, sendo que em um dos casos ele já é réu, enquanto nos outros dois ainda é investigado.

“Ele aborda meninas alcoolizadas. Em geral, elas têm 20, 20 e poucos anos. Franzinas. Insiste para investidas sexuais, é recusado. E aí a dinâmica assume contornos fisicamente violentos", relata a advogada Maira Pinheiro.

A advogada Juliana Valente, representante da vítima, manifestou sua indignação diante dos crimes cometidos por Prior e destacou a importância de uma condenação significativa. Ela afirmou:

"É incompreensível. O homem ouve o não. Percebe a vítima ali, chorando, gritando para parar, se esquivando e continua utilizando de sua força física para cometer esse ato tão brutal. Se vierem essas condenações com a pena mínima, ele pegará no mínimo vinte e quatro anos de condenação."


Apesar das acusações e da condenação, Prior utilizou uma rede social, onde possui seis milhões de seguidores, para declarar sua inocência. Ele limitou os comentários em sua postagem, que têm sido majoritariamente positivos.

"Eu não procuro nada dele. Até hoje, Assim, eu não quero saber o que está acontecendo na vida dele. Que as pessoas saibam o que ele fez. Para mulheres se preservarem de homens que são criminosos como ele. Eu espero que que essa minha história seja mais uma história de incentivo à mudança e à transformação", finaliza a vítima.


Em nota, os advogados de Felipe Prior reafirmaram sua inocência e anunciaram que irão recorrer da sentença. Eles expressaram confiança no poder judiciário brasileiro e acreditam na reforma da condenação que consideram injusta. Também afirmaram que, em momento oportuno, Prior se manifestará para esclarecer os fatos distorcidos e inverídicos apresentados por outros veículos de comunicação.

O caso de Felipe Prior continua a gerar repercussão e levanta questões importantes sobre a segurança e proteção das vítimas de crimes sexuais, além do papel da Justiça na punição dos agressores.


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