Visando 2026: Zema e Caiado adotam táticas distintas para atrair o eleitorado de Jair Bolsonaro.

Em meio ao mar revolto da política atual, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), parece estar adotando uma tática definida: assumir o eleitorado bolsonarista, mantendo uma distância prudente do ex-presidente impedido de concorrer, Jair Bolsonaro (PL).

A revisão tributária e a decisão do governo de Lula de abolir as escolas cívico-militares são dois tópicos controversos que têm causado divergências entre os governadores. No contexto da reforma tributária, o bolsonarismo se encontra dividido entre dar apoio à proposta de Lula e se posicionar contrário à iniciativa do rival na Câmara dos Deputados.

Diferentemente do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), Zema não se manifestou de forma explicita contra a reforma tributária aprovada pela Câmara. Este comportamento pode ser interpretado como uma jogada de Zema para atrair o eleitorado bolsonarista, que se encontra dividido quanto ao assunto.

Com o anúncio do governo Lula sobre a extinção das escolas cívico-militares, Zema foi um dos governadores que rapidamente expressaram que manteriam essa militarização, bancada com recursos do estado. Esta decisão parece ser mais um esforço de Zema para cativar o eleitorado bolsonarista.

Contudo, mesmo com essas tentativas de ganhar a simpatia do eleitorado bolsonarista, Zema tem se esquivado de aparecer em público ao lado de Bolsonaro. Este comportamento contrasta com o de Caiado, que recebeu Bolsonaro de braços abertos em Goiás no último final de semana.

Portanto, enquanto Zema busca conquistar o bolsonarismo, mantendo um seguro afastamento de Bolsonaro, Caiado parece estar se alinhando de forma mais íntima ao ex-presidente.

Essas distintas estratégias evidenciam as complexidades e os desafios da atual conjuntura política, à medida que os governadores tentam navegar no tumultuado mar do bolsonarismo sem Bolsonaro.