Mandato do deputado federal Deltan Dallagnol é cassado, mas processo de saída ainda em avaliação

O deputado federal Deltan Dallagnol teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por violar a lei da Ficha Limpa, mas sua saída da Câmara dos Deputados ainda está em processo de avaliação pela Corregedoria. Nesta etapa, Dallagnol recebeu uma notificação para apresentar sua defesa sobre a decisão do TSE. Caso não seja possível notificá-lo pessoalmente, a Câmara fará uma publicação oficial.

Após a notificação, ele terá cinco dias para apresentar sua defesa, que será analisada pela Mesa Diretora. A análise da Mesa se limitará aos aspectos formais do processo, sem entrar no mérito do caso. O TSE decidiu por unanimidade pela invalidação do registro de candidatura de Dallagnol devido a seu pedido de exoneração com o objetivo de evitar a inelegibilidade.

O ex-procurador pode recorrer da decisão, mas perdeu seu mandato imediatamente. A vaga na Câmara será ocupada por Itamar Paim, suplente do partido PL.

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A decisão do TSE de invalidar o registro da candidatura de Deltan Dallagnol, ex-procurador da República e coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, gerou reações distintas entre os políticos envolvidos na Operação Lava Jato. Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Lindbergh Farias, figuras que foram alvos da operação, aproveitaram as redes sociais para comemorar a cassação.

Eduardo Cunha, que já havia sido cassado pela Câmara dos Deputados em 2016, manifestou sua satisfação no Twitter, escrevendo: "Tchau, Querido". Renan Calheiros não poupou críticas a Dallagnol, chamando-o de "pivete ficha suja da Lava Jato". Já Lindbergh Farias classificou Dallagnol como um "moralista sem moral".