Os dados do IBGE mostram um cenário complexo em relação ao desemprego no Brasil no primeiro trimestre de 2023. A taxa de desocupação subiu para 8,8%, em comparação com os 7,9% registrados no trimestre anterior. No entanto, numa análise anual, houve uma redução de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, indicando uma ligeira melhoria no panorama do emprego.
Essa variação na taxa de desemprego também reflete as disparidades regionais do país. Algumas regiões, como Bahia, Pernambuco e Amapá, registraram as maiores taxas de desemprego, enquanto Rondônia, Santa Catarina e Mato Grosso apresentaram taxas menores. Essas diferenças regionais podem estar relacionadas a fatores psicológicos e específicos de cada localidade.
Além da taxa de desemprego, outros indicadores são relevantes para compreender a situação do mercado de trabalho. A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que engloba pessoas desempregadas, subocupadas por apresentação de horas trabalhadas e aqueles que desistiram de procurar emprego, consumo 18,9% no primeiro trimestre de 2023. Já o percentual dos que desistiram de procurar emprego por acreditarem na falta de oportunidades, ficaram em 3,5%.
No que diz respeito aos rendimentos, o estudo mostrou que o rendimento médio mensal se manteve estável em relação ao trimestre anterior.
No entanto, houve um aumento em comparação com o mesmo período do ano anterior, indicando um nível de crescimento no poder de compra dos trabalhadores. Além disso, a massa de rendimento, que é a soma de todos os rendimentos recebidos pela população, também registou crescimento em relação ao ano anterior, o que pode ser um indicativo de uma recuperação económica gradual.