20/04/2023 às 15h53min - Atualizada em 20/04/2023 às 15h53min

Haddad anuncia acordo para nacionalizar a Shein

A empresa vai nacionalizar, em até quatro anos, 85% de suas vendas

Redação
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou nesta quinta-feira dia 20 que o governo fez um acordo com a varejista Shein em uma reunião pela manhã, com intermédio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Josué Gomes da Silva; Com objetivo de fazer com que a empresa se adeque ao Programa de Conformidade Tributária da Receita Federal. 

Haddad ainda vai receber representantes do setor, associados ao Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV); Entre as empresas que estarão representadas na reunião, estão C&A, Lojas Renner, Marisa, Magazine Luiza, Petz e Grupo Boticário.


“Hoje nós tivemos uma reunião a pedido da Shein, que veio nos anunciar duas coisas muito importantes. Eles vão aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Estão dispostos a fazer aquilo que for necessário, com outros portais e todo o comércio eletrônico, para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda”, afirmou Haddad.


“Em segundo lugar, eles pretendem, em quatro anos, nacionalizar 85% das suas vendas. Os produtos serão feitos no Brasil. Eles próprios vão dar os números de investimento e geração de oportunidades no mercado brasileiro, mas é uma coisa para nós muito importante que eles vejam o Brasil não apenas como mercado consumidor, mas como uma economia de produção”, continuou.


Segundo Haddad, a solução apresentada é que a regra “valha para todos. “Esta é a única contrapartida feita a nós e nós, obviamente, não queremos nada diferente, queremos condições iguais para todo mundo. Se a regra valer para todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade. Não repassarão para o consumidor”. 

“Nós queremos investimentos estrangeiros. Nós apreciamos o comércio eletrônico, nada contra. Mas nós queremos condições competitivas para que não prejudiquemos empregos no Brasil, as lojas do varejo brasileiro. Nós queremos que as pessoas tenham a mesma condição: quem produz, quem comercializa, tem que ter condições iguais”, disse Haddad.


“Tudo está indo na direção correta, de buscar um ambiente de negócio que seja igual para todo mundo. Que ninguém leve vantagem sobre ninguém”, afirmou Haddad. “Nosso interesse é que haja concorrência, que o consumidor seja o maior beneficiado dessa concorrência e que o emprego do comércio, que responde por 25% da carteira assinada do Brasil, seja garantido. Esse arranjo vai permitir isso.”


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