18/04/2023 às 15h42min - Atualizada em 18/04/2023 às 15h42min

Não vamos transformar escolas em prisão, diz Lula

Presidente se reuniu com ministros e governadores sobre violência

Redação
Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (18), que a pregação da violência é predominante no ambiente digital e que a sociedade e as famílias devem assumir a responsabilidade pelo processo educacional das crianças e adolescentes. Para o presidente, as plataformas digitais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que ajudam a disseminar.

Durante uma reunião no Palácio do Planalto com os chefes dos poderes Judiciário e Legislativo, ministros de Estado, governadores, entidades representativas de prefeitos e parlamentares, Lula discutiu políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas. A ideia é criar estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódio e ao extremismo.

Além disso, o governo federal anunciou um programa de fomento para a implementação de ações integradas de proteção ao ambiente escolar. As medidas somam R$ 3,115 bilhões para infraestrutura, equipamentos, formação e, principalmente, apoio e implantação de núcleos psicossociais nas escolas.

Para o presidente, elevar muros e instalar detectores de metais não é a solução. “Não vamos transformar as escolas em prisão de segurança máxima, que não é a solução. Nem tem dinheiro para isso e nem é politicamente correto, humanamente e socialmente correto”, disse.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também propôs que estados e municípios criem comitês de discussão com as comunidades locais sobre a proteção ao ambiente escolar. “Esse é o momento de unirmos a todos, independente de questões políticas, partidárias ou ideológicas, o que está em jogo é a vida de crianças e jovens nesse país”, disse.

Lula destacou que o Plano Nacional de Educação (PNE) prevê que a comunidade tem que assumir a responsabilidade pelo que acontece nas escolas. Ele argumentou que há uma mudança de padrão de comportamento na sociedade e não é possível permitir que o ódio prevaleça. “Quando a criança de 8 anos acha que arma é solução, ela viu na Bíblia? Não. No livro escolar? Não. Ela ouviu do pai ou da mãe dentro de casa e é por isso que precisamos ter em conta que sem a participação dos pais a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas”, disse.

A discussão sobre a violência nas escolas e a criação de políticas e ações para combatê-la é fundamental para garantir um ambiente seguro e acolhedor para as crianças e jovens. O papel das famílias, da sociedade e das plataformas digitais é crucial para a promoção da paz e da tolerância.


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