Devido a conflitos com o partido União Brasil, que aguardava ficar com a relatoria da comissão que analisa a medida provisória para o relançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, disse nesta quinta-feira, dia 13, que não vai mais atuar como relator. O nome do parlamentar para a atividade tinha sido anunciado na terça-feira (11).
Após um acordo do governo com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, obteve-se a instalação dos colegiados, nos quais as normas das MPs feitas pelo presidente da República, no momento em que foram publicadas no "Diário Oficial da União", precisariam de aprovação do Congresso.
Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara, disse que o relator será o deputado Fernando Marangoni (SP) após uma reunião. Nesse caso, Boulos será o vice-presidente, no qual o senador Eduardo Braga (MDB-AM) é o presidente.
Boulos comentou sobre o ocorrido:.
"Temos tido nos últimos meses impasses em relação ao estabelecimento das comissões, o rito das MPs e, finalmente, chegamos a um acordo que destravou. Na reunião de líderes hoje, o nosso entendimento é que não se podia andar para trás nesse acordo que destravou, para que as comissões sejam todas, não só estabelecidas, mas [estejam] funcionando na semana que vem".
A assessoria de Boulos disse que as contribuições do parlamentar vão ser usadas pelo novo relator e que Boulos vai assumir a relatoria do projeto de lei para retomar o Programa de Aquisição de Alimentos.
Após o anúncio, Elmar Nascimento chegou a acusar Boulos de má-fé e fez uma ameaça de fazer uma representação contra ele no Conselho de Ética.