Bolsonaro irá depor nesta quarta-feira sobre caso de joias

Será justificado à polícia a entrada de joias da Arábia Saudita e também será feito perguntas sobre o recebimento de armas dos Emirados Árabes Unidos. 

As jóias possuem valor de R$ 16,5 milhões, sem pagar impostos à Receita Federal e com a incorporação dos itens diretamente no patrimônio do ex-presidente. No Aeroporto de Guarulhos, um assessor do ministro Bento Albuquerque tentou passar pela alfândega. Mas de acordo com a lei, ele deveria pagar uma taxa de 50% sobre o valor das jóias. 

Além de não declarar as joias, Bolsonaro tentou oito vezes reaver os itens. A Receita ainda vai investigar o 2º pacote de jóias para Bolsonaro que entrou no depoimento e serão respondidas questões se houve tentativa de coagir dirigentes da Receita para a liberação dos itens.  

Bolsonaro deve dar satisfação sobre sua insistência para adicionar as joias ao seu acervo pessoal, pois, de acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se não houver provas ou explicações, existem três acusações sobre Bolsonaro, que são: peculato, descaminho e lavagem de dinheiro. 

O ministro de Minas e Energia no governo de Jair Bolsonaro, Bento Albuquerque, em seu relatório, não mencionou qualquer presente da Arábia Saudita. Em depoimento à Polícia Federal, no dia 14 de março, Albuquerque afirmou que as jóias eram um presente, porém, não obteve-se o registro diplomático no relatório da viagem. 

Bolsonaro sofreu as primeiras derrotas no TCU no dia 22 de março e foi determinado que as jóias fossem entregues à Caixa Econômica Federal, já que a empresa pública conta com cofre. 

As armas foram entregues no edifício-sede da PF, em Brasília. Na terça-feira (4), a defesa também entregou à Caixa o terceiro conjunto de jóias recebido pelo governo da Arábia Saudita. A Polícia Federal vai colher outros nove depoimentos nesta quarta-feira em salas diferentes no prédio da PF.