Mecânico sobrevive a queda de avião na Pampulha

O mecânico Walter Luiz Martins, de 51 anos, foi o único sobrevivente do acidente aéreo que vitimou dois tripulantes da Polícia Federal na tarde de quarta-feira (6) no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo apurado, o principal fator para sua sobrevivência foi ter sido projetado para fora da aeronave durante a queda, o que o distanciou do incêndio que se seguiu.

Segundo o tenente Henrique Barcellos, do Corpo de Bombeiros, que atuou na ocorrência, o mecânico foi projetado a alguns metros de distância da aeronave. Apesar disso, a vítima ainda sofria um pouco com as chamas do incêndio, mas sem ser carbonizada, como os dois tripulantes.

“Ele não foi ejetado porque essa aeronave não tem esse dispositivo que costuma ter em um caça, por exemplo. Ele foi projetado na queda, estava ao lado do avião”, detalhou o militar.

Ainda de acordo com o tenente, o fato de Walter estar na aeronave como passageiro pode ter contribuído para sua sobrevivência. "O avião desceu de barriga, por isso o mecânico não sofreu esse primeiro impacto", que atingiu a área onde ficam os tripulantes, explica.

Walter foi socorrido ao Hospital João XXIII e, segundo boletim médico, encontra-se em estado estável. Ele está "bem, lúcido, conversando, alimentando e com ferimentos leves", de acordo com uma fonte da instituição.

Homenagem aos tripulantes

Os dois tripulantes que morreram no acidente, os comandantes José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Irber, foram homenageados pela PF. A corporação lamentou profundamente a perda dos servidores e prestou solidariedade aos familiares e amigos.

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas pela Polícia Federal e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).