09/02/2024 às 10h42min - Atualizada em 09/02/2024 às 10h42min

Advogado detalha relato: Jogador do Corinthians depõe sobre morte após relação sexual

Lívia Gabrielle da Silva Matos, de 19 anos, morreu em decorrência de hemorragia; atleta Dimas Cândido de Oliveira Filho afirma que pode ter havido demora no socorro do Samu

Foto: Reprodução

O jovem Dimas Cândido, de 18 anos, prestou depoimento nesta semana sobre a morte de Livia Gabrielle da Silva Matos, de 19 anos, que morreu no último dia 30 de Janeiro. 

No depoimento, o jogador relatou que ficou realizando manobras de reanimação na vítima antes da chegada dos socorristas e com o auxílio de um profissional por meio do telefone celular. 

Ainda nos detalhe, ele disse que os profissionais não conseguiram subir no prédio por ter dificuldade com a maca para socorre lá.
“Ela estava em emergência ginecológica, com sangramento vaginal, e ele não foi orientado a fazer nenhum tipo de tamponamento. Depois, segundo o Dimas, eles levaram a jovem em uma manta pelo condomínio, pois a maca não subiu até o apartamento. Não tinha maca na entrada no prédio e tiveram de andar com ela uma distância grande dentro do condomínio. Nesse deslocamento, ela chegou a cair da manta”, afirmou o advogado Tiago Lenoir, defensor do atleta.

Laudo médico

Foi divulgado na última quinta-feira (1) o atestado de óbito da jovem Lívia Gabriela da Silva Matos, uma estudante de 19 anos, que morreu após ter relação sexual com um jogador da base do Corinthians, Dimas Cândido. O documento aponta que a causa da morte foi uma "ruptura de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda".

O saco de Douglas, também conhecido como espaço retouterino, é uma cavidade localizada entre o reto e o útero da mulher. Ruptura significa que no local havia uma ruptura ou corte.

A ginecologista Karoline Landgraf explica que, embora não seja comum, casos de laceração pós-coito não são raros. A médica afirma ter atendido ao menos 10 casos durante sua residência em ginecologia.

"Esse caso chamou muita atenção, mas todo ginecologista já atendeu algum caso de laceração pós-coito na sua carreira.Não é incomum. Eu já atendi no mínimo 10 casos durante a residência em ginecologia. A perda de sangue pode ser intensa a depender da profundidade da lesão (pelo que foi noticiado, essa jovem teve uma lesão de 5 cm) e causar hipovolemia. E a hipovolemia é uma causa importante de parada cardíaca", afirma a médica.

Sobre o caso

Lívia passou mal no apartamento do atleta e teve quatro paradas cardíacas por causa de um sangramento intenso na região íntima. Ainda conforme os detalhes, o jogador acionou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) quando percebeu que Lívia tinha desmaiado.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Dimas prestou depoimento e foi liberado.


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