Saraiva fecha todas as livrarias e demissão em massa acontece

Nesta quarta-feira, a Saraiva tomou uma decisão drástica ao demitir todos os funcionários de suas lojas físicas, transformando-se exclusivamente em uma plataforma de e-commerce, de acordo com informações obtidas por fontes. Este movimento marca um triste capítulo na história da Saraiva, que já foi a maior rede de livrarias do Brasil, mas viu seu declínio devido à crise do modelo de negócios que priorizava megastores e a venda de produtos eletrônicos. A notícia sobre as demissões foi inicialmente divulgada pelo site especializado PublishNews e posteriormente confirmada por fontes próximas à empresa.

Nos últimos meses, a Saraiva vinha fechando suas lojas em um ritmo acelerado, com cerca de 30 lojas fechadas desde meados de junho. No momento da demissão em massa, a empresa mantinha apenas cinco livrarias em operação, localizadas em São Paulo (quatro) e Campo Grande (uma).

Além desse anúncio preocupante, surgiram denúncias da ex-conselheira fiscal da empresa, Francine Bruscato, que renunciou ao cargo recentemente. Ela alegou que a empresa não estava cumprindo com suas obrigações de pagamento das verbas rescisórias aos trabalhadores demitidos devido ao fechamento das lojas.

A demissão em massa acontece às vésperas de uma assembleia em que será votada uma mudança societária no negócio, com a conversão de ações preferenciais (sem direito a voto) em ações ordinárias (com direito a voto). Até o momento, a Saraiva não emitiu um comunicado oficial sobre essa decisão. A situação atual da empresa reflete as mudanças significativas no mercado de varejo de livros e a crescente competição no setor de e-commerce.