04/09/2023 às 12h19min - Atualizada em 04/09/2023 às 12h19min

Pai da médica morta em quarto de hotel no ES revela: "Torturou Ela a Noite Toda"

Samir Sagi El-Aouar médico cirurgião, ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni, revelou que sua filha vinha sofrendo agressões por parte do marido e buscava se separar, porém ele se recusava a aceitar a decisão dela.

Redação
Foto: Reprodução/ Rede Sociais

Em uma entrevista emocional o médico cirurgião, ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni, Samir Sagi El-Aouar, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre a morte trágica de sua filha, Juliana Ruas El-Aouar, de 39 anos. Juliana foi encontrada morta em um quarto de hotel em Colatina, no Espírito Santo, no último sábado (2).

No velório realizado na Capela do Vale das Flores, em Teófilo Otoni, amigos, familiares e conhecidos se reuniram para prestar suas últimas homenagens à Juliana. Durante a entrevista, Samir El-Aouar descreveu a devastação que sua família está enfrentando e revelou detalhes angustiantes sobre a morte de sua filha.

"Estamos arrasados. Pensar que uma filha, com um futuro promissor pela frente, uma médica psiquiátrica de 39 anos, foi submetida a uma tortura durante a noite toda é simplesmente insuportável", disse o pai visivelmente emocionado.


Ele revelou que Juliana sofreu traumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça, além de lesões no estômago, traqueia e esôfago, indicando uma violência extrema.

O médico também trouxe à tona um histórico de abusos prévios sofridos por Juliana nas mãos de seu marido. Ele explicou que sua filha já apresentava sinais físicos de agressão, como olhos roxos e cicatrizes, e estava tentando deixar o relacionamento abusivo. Samir afirmou que o marido de Juliana não aceitava a separação e a ameaçava constantemente.

"Ele programou o que ele fez. Ele tirou minha filha da minha vida. Amigos, parentes e conhecidos, todos nós estamos sofrendo demais hoje pelo que ele fez. Não há justificativa para isso. Isso é mais um caso de feminicídio, e eu espero que o nosso país acabe com essa onda de violência contra esposas e namoradas", desabafou Samir.


O médico cirurgião concluiu a entrevista expressando sua esperança de que a justiça seja feita e que o marido de Juliana permaneça preso.

"Eu espero que daqui pra frente, seja feita justiça principalmente, mantê-lo preso até o final dos fatos", declarou.


Juliana El-Aouar foi sepultada às 16h neste último domingo, no Cemitério Vale das Flores, em Teófilo Otoni, deixando um legado de luta e um apelo por um fim à violência de gênero.


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