21/07/2023 às 16h44min - Atualizada em 21/07/2023 às 16h44min
Vacina desenvolvida pela UFMG contra crack e cocaína receberá R$ 10 milhões em investimentos
Valor será bancado pela Fapemig.
Redação
Foto: Divulgação/Faculdade de Medicina da UFMG A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou que sua vacina contra o vício em crack e cocaína receberá um investimento de R$ 10 milhões. A verba será fornecida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), após resultados promissores nas fases iniciais de testes.
O imunizante está sendo desenvolvido por um pesquisador do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG desde 2015. As fases pré-clínicas do estudo, que envolvem testes em camundongos e primatas para avaliar a segurança e eficácia da vacina, também foram financiadas pela Fapemig.
O próximo passo no desenvolvimento da vacina é o ensaio clínico em seres humanos, que representa uma etapa crucial para avaliar a sua eficácia e segurança em uma população mais ampla. O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacheretti, declarou que após uma reunião com a reitora da UFMG, foram disponibilizados os primeiros R$ 10 milhões para essa nova fase de pesquisa, dada a promissora perspectiva da vacina.
O anúncio do investimento ocorreu durante um encontro que contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que também enfatizou o papel histórico da UFMG no desenvolvimento de vacinas e sua contribuição para o sistema de saúde público brasileiro, especialmente na organização do SUS e nos programas de saúde coletiva.
Além dos R$ 10 milhões destinados à vacina contra crack e cocaína, a ministra Nísia Trindade anunciou mais R$ 180 milhões em investimentos para a área da saúde em Minas Gerais, visando fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento científico na região.
Com os recursos adicionais, espera-se avançar significativamente no desenvolvimento dessa promissora vacina, que pode representar um importante passo na luta contra o vício em substâncias ilícitas e trazer benefícios significativos para a saúde pública. As autoridades destacaram a relevância da pesquisa e da ciência para o enfrentamento de desafios de saúde como esse, fortalecendo o compromisso com a inovação e o bem-estar da população.