Aumento do preço da gasolina: impactos da padronização do ICMS em 22 estados brasileiros

A gasolina terá um aumento de preço a partir de 1º de junho em Minas Gerais e outros 21 estados, além do Distrito Federal. Essa mudança foi decidida pelo Confaz, visando padronizar a cobrança do ICMS em todo o país. O novo modelo estabelece uma alíquota única em reais por litro em todos os estados, substituindo as alíquotas diferentes existentes anteriormente. A nova alíquota será de R$ 1,22 por litro, representando um acréscimo de cerca de R$ 0,24 por litro em Minas Gerais.

Essa alteração no ICMS resultará em uma redução nos preços da gasolina, após duas semanas de queda. No entanto, o impacto nos consumidores será diferente em cada estado, pois alguns já praticavam uma alíquota superior a R$ 1,22 por litro, o que levaria a uma queda no preço do combustível. Alguns estados, como Amazonas, Piauí e Alagoas, se enquadram nessa situação, enquanto em Roraima não haverá variação.

Para a maioria dos estados, espera-se um aumento nos preços da gasolina. Mato Grosso do Sul terá o maior aumento, com acréscimo de R$ 0,30 por litro, representando um aumento de 6% em relação ao preço médio atual nos postos. Em outros dez estados, o aumento esperado varia entre R$ 0,25 e R$ 0,29 por litro, acima da média nacional. São Paulo terá uma diferença de R$ 0,26 por litro em relação ao valor atual, enquanto no Rio de Janeiro será de R$ 0,11 por litro.

O novo modelo de cobrança do ICMS foi aprovado pelo Congresso em março de 2022, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e do setor de combustíveis, para evitar fraudes e discrepâncias nas alíquotas praticadas por cada estado. Além disso, o imposto passará a ser cobrado apenas dos produtores e importadores, não mais de toda a cadeia, o que também resultou em aumento nos preços do diesel e do gás de cozinha.