15/07/2021 às 13h09min - Atualizada em 15/07/2021 às 13h09min

PF apura possíveis fraudes na aquisição de equipamentos médicos em Fabriciano

No início desta quinta-feira (15), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Vácuo, que apura fraudes na aquisição de equipamentos médicos no município de...


No início desta quinta-feira (15), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Vácuo, que apura fraudes na aquisição de equipamentos médicos no município de Coronel Fabriciano-MG. Nesta manhã, a PF realizou buscas na Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano "com objetivo de buscar elementos para esclarecimentos em relação à investigação em andamento pelo órgão", conforme dito pela prefeitura por meio de nota enviada ao Vale 24 Horas.

De acordo com a Polícia Federal, os prejuízos estimados aos cofres públicos são de, no mínimo, R$ 414 mil. Ainda segundo a polícia, as investigações, que são realizadas com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), apuram irregularidades na celebração de contratos com a Prefeitura de Coronel Fabriciano, com "superfaturamento de valores e possível conluio entre empresas que participaram de cotações dos serviços". Segundo a PF, a primeira fase da Operação VÁCUO, deflagrada em novembro de 2020, identificou que a principal investigada teria vendido dois ventiladores pulmonares e alugado outros 10 à Prefeitura de Coronel Fabriciano, sendo que o preço de seis meses de aluguel do equipamento supera seu valor de compra. Ainda de acordo com a PF, o aprofundamento das investigações trouxe indícios do envolvimento de pessoas físicas, relacionadas à Secretaria de Saúde de Coronel Fabriciano nas fraudes, "havendo fortes indícios de recebimento de propinas para celebração dos contratos superfaturados". A PF representou por dois mandados de busca e apreensão e pela quebra de sigilo bancário de pessoas físicas e jurídicas relacionadas aos fatos em investigação, tendo sido expedidos pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Ipatinga/MG. Os suspeitos são investigados pela prática dos crimes relacionados à fraude a licitações, superfaturamentos e peculato, previstos nos art. 90 e 96, I da lei 8666/93 e 312 do Código Penal, podendo cumprir, se condenados, até 10 anos de prisão. Ainda na nota enviada ao Vale 24 Horas, a Prefeitura de Coronel Fabriciano reforçou que "está – e continuará – contribuindo com as investigações no sentido de prestar todas as informações para elucidar os fatos". "A atual gestão da Prefeitura de Coronel Fabriciano reforça o seu compromisso em cumprir a lei e defender o interesse público", disse a prefeitura por meio de nota. Confira a nota enviada pela Prefeitura de Coronel Fabriciano ao Vale 24 Horas na íntegra: NOTA DE ESCLARECIMENTO A Prefeitura de Coronel Fabriciano teve ciência da visita de agentes da Polícia Federal ocorrida na manhã desta quinta-feira, 15, com objetivo de buscar elementos para esclarecimentos em relação à investigação em andamento pelo órgão. O município reitera que está – e continuará – contribuindo com as investigações no sentido de prestar todas as informações para elucidar os fatos. A atual gestão da Prefeitura de Coronel Fabriciano reforça o seu compromisso em cumprir a lei e defender o interesse público.
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