14/03/2024 às 10h21min - Atualizada em 14/03/2024 às 10h21min

Militar aposentado é condenado a 25 anos de prisão pela morte do ex-genro

Julgamento durou quase 14 horas e aconteceu no Tribunal do Júri de Ipatinga

G1
Fórum de Ipatinga — Foto: Samuel Carlos
Após quase 14 horas de julgamento, realizado na última quarta-feira (13) no Tribunal do Júri de Ipatinga, o ex-sogro, policial militar reformado de 66 anos, foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato do advogado Cleyton Nunes Ferreira, de 38 anos. O crime aconteceu em 15 de fevereiro de 2023.

Durante o julgamento, o Ministério Público (MP) argumentou que a motivação do crime seria a disputa pela guarda da neta, filha de Cleyton e da ex-esposa do réu. A promotora Renata Cristina Torres Maia Coelho destacou que a defesa tentou, sem sucesso, utilizar a tese de violência doméstica para justificar o crime.


O conselho de sentença acatou as três qualificadoras apontadas pelo MP: perigo comum, pois o crime aconteceu no centro da cidade em horário de grande movimento, motivo torpe e feminicídio, já que a vítima era homem, mas o crime foi cometido no contexto de violência doméstica contra a mulher. Com a soma das qualificadoras, a pena máxima de 25 anos foi aplicada.

O advogado de defesa, Rodrigo Magalhães, reconheceu a dificuldade de lutar contra as imagens do crime, mas afirmou que irá estudar o caso para recorrer da sentença. A defesa argumenta que a pena aplicada foi desproporcional à gravidade do crime.

O assassinato de Cleyton mobilizou a comunidade jurídica de Ipatinga e de todo o estado. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Minas Gerais e a Subseção de Ipatinga acompanharam o caso de perto e manifestaram sua indignação com o crime.

Relembre o caso:

No dia do crime, Anderson Clayton Nunes Ferreira se aproximava do escritório onde trabalhava, quando o assassino, usando um boné claro, caminha na calçada, em frente ao local de trabalho do advogado.

Quando o advogado se aproxima e reconhece o ex-sogro, começa a correr, mas é perseguido e atingido pelos disparos.

O militar reformado foi preso em flagrante e confessou o assassinato. Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime teria relação com a guarda do neto, filho do casal, que se separou há cerca de dois anos.

Segundo as investigações da Polícia Civil, após a separação, a ex-mulher de Anderson e filha do acusado, de se mudou para Joinville, em Santa Catarina, para viver com o pai e levou o filho com ela.

Anderson teria entrado com um processo pedindo a guarda da criança e passou a receber ameaças do ex-sogro. O advogado chegou a pedir medida protetiva contra ele.

Para a Polícia Militar, o suspeito alegou que a motivação do assassinato estaria associada à uma suposta violência doméstica sofrida pela filha na época em que eles ainda eram casados.

 


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