19/10/2023 às 12h50min - Atualizada em 19/10/2023 às 12h50min

Operação “Espelho Meu” desmantela organização criminosa em Minas

A operação visa uma organização criminosa que facilitava a entrada de celulares em sistemas prisionais

Redação
Foto: reprodução

Nesta quinta-feira (19), o Ministério Público de Minas Gerais, em colaboração com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Governador Valadares e a 11ª Promotoria Criminal da mesma cidade, lançou a Operação "Espelho Meu". O foco da operação é investigar uma organização criminosa acusada de facilitar a entrada de aparelhos celulares e outros itens proibidos em prisões, além de crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico ilícito de drogas e facilitação de fuga.

As investigações revelaram que a organização, mediante remuneração, facilitava o ingresso de celulares, drogas e outros itens proibidos, permitindo assim o uso e comércio desses objetos pelos detentos. Esse esquema envolve servidores públicos, presidiários integrantes de facções criminosas, outros selecionados como "faxinas" nos pavilhões e até alguns familiares dos envolvidos.

Os aparelhos celulares, que possuem alto valor comercial dentro dos estabelecimentos prisionais, são utilizados para continuar a prática de crimes fora das penitenciárias. Os detentos os apelidaram de "espelho", o que inspirou o nome da operação. Através desses dispositivos, os presos mantinham o comando do tráfico ilícito de drogas e de crimes violentos, lucrando também com o aluguel ou revenda dos aparelhos a outros presos.

Durante a operação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e um afastamento de função pública, autorizados pelo Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares/MG. As ações ocorreram nas cidades mineiras de Governador Valadares, Ponte Nova, Francisco Sá e Belo Horizonte, além das cidades capixabas de Vitória e Serra.

A operação contou com a atuação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil, Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, GAECO/BH, GAECO/Ipatinga e GAECO do Espírito Santo. Ao todo, participaram da operação 6 promotores de justiça, 53 policiais militares de Minas Gerais, 1 policial civil, 23 policiais penais e 12 policiais militares do Espírito Santo. A operação também teve o suporte do helicóptero e de cães farejadores.


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