Segundo ciclone extratropical se aproxima do Rio Grande do Sul no feriado, alertam meteorologistas

O feriado do Sete de Setembro será marcado pela chegada de um novo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, semelhante ao que causou 21 mortes no estado e uma em Santa Catarina no início da semana. Embora tenha uma intensidade parecida, espera-se que o segundo ciclone se desloque mais rapidamente em direção ao oceano, concentrando as chuvas mais fortes da tarde de quinta (7) ao início da tarde de sexta (8).

De acordo com Wanderson Luiz Silva, meteorologista da UFRJ, é comum a ocorrência de dois ciclones extratropicais seguidos nesta época do ano. Esses fenômenos são resultado da expressiva variação de temperatura na superfície, que transporta calor e umidade entre diferentes regiões. O El Niño pode amplificar esses eventos.

A meteorologista do Inmet, Andrea Ramos, destacou que o novo ciclone deverá se deslocar rapidamente em direção ao oceano, não permanecendo estacionado. Espera-se chuvas que podem ultrapassar os 100 mm e há a possibilidade de granizo. Na tarde de sexta, o tempo pode começar a melhorar no Rio Grande do Sul.

Enquanto o primeiro ciclone já se afastou para o oceano, uma frente fria associada a ele subiu pelo país, atingindo o Sudeste e o Centro-Oeste. Nesta quarta, ainda poderá haver chuva nos litorais do Rio e São Paulo devido ao transporte de umidade do oceano em direção ao continente. No feriado, a frente fria deve se afastar, e o tempo começará a melhorar na região, com previsão de sol e calor na sexta e sábado.

Na região Sul, o tempo nesta quarta será frio, com pouca possibilidade de chuva. As temperaturas ficarão em torno de 15 graus em Curitiba, 18 em Florianópolis e 20 no Rio Grande do Sul, podendo haver apenas chuvas localizadas antes da chegada do novo ciclone a partir de quinta.

O que é um ciclone extratropical?

Um ciclone extratropical é formado a partir do contraste de temperaturas nos oceanos, onde uma massa de ar frio encontra uma massa de ar quente, criando uma área de baixa pressão atmosférica com ventos circulando ao redor do centro. Quanto menor a pressão no interior do ciclone, mais fortes são os ventos resultantes desse fenômeno.