18/10/2022 às 13h52min - Atualizada em 18/10/2022 às 13h52min

Fabriciano realiza ação para controle e prevenção da Leishmaniose

Doença ameaça a vida dos animais e coloca a saúde da população em risco

Redação - Ipatinga/MG
Foto: Divulgação/PMCF

Uma nova ação na área de Saúde foi iniciada pela Prefeitura de Coronel Fabriciano para barrar uma das endemias mais perigosas da atualidade, a Leishmaniose Visceral. A doença que é endêmica no Vale do Aço, ameaça a vida dos animais e coloca a saúde da população em risco, devendo ser combatida frequentemente.
 
A medida da Secretaria de Governança da Saúde foi implantar um programa de encoleiramento de animais sadios, evitando assim que eles se contaminem.

 
As coleiras colocadas nos cães vêm com um produto chamado Deltametrina 4%, que repele o mosquito palha, transmissor da doença. Ao evitar que os animais sejam picados, a Prefeitura de Fabriciano impede a proliferação da doença, e cada vez menos animais contaminados, menos casos serão registrados com a doença e, consequentemente, menos risco de transmissão em humanos.
 
As coleiras serão trocadas de 6 em 6 meses. A ação faz parte do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, do Ministério da Saúde, e tem como intuito reduzir a transmissão da leishmaniose visceral canina e humana.
 
A região dos bairros Caladinho de Baixo e Caladinho do Meio foram escolhidas para o início do projeto, visto que estão no topo dos registros de casos dos últimos anos. Entre 2016 e 2019, houve 166 notificações de casos possíveis de transmissão no município. Deste total, 31 tiveram laudo laboratorial positivo, a maioria na região escolhida para o início dos encoleiramentos. Nesta primeira etapa, serão encoleirados 600 cães. Todos eles são testados antes para garantir que não estejam com a doença.
 
A bióloga da Prefeitura, Silvia Soares, explica que a transmissão ocorre por meio do vetor (mosquito palha). “Ao picar o animal contaminado, o mosquito leva a doença para o homem. Ao evitar a contaminação nós interrompemos o ciclo da doença e garantimos a preservação da vida desses animais”, disse.
 
BUSCA ATIVA
Os agentes de endemias envolvidos no projeto estão indo de casa em casa. Os animais não reagentes à doença são encoleirados. O programa é totalmente gratuito e os donos de animais não precisam sair de casa neste primeiro momento para serem contemplados pelo atendimento. Os donos de animais encoleirados devem assumir o compromisso de cuidar da coleira, evitar a perda, roubo ou desvio de qualquer natureza durante o tratamento.
 
A Gerente de Vigilância em Saúde, Vânia Tavares, disse que o projeto iniciado em setembro de 2022, não tem data para terminar. A proposta é combater a doença continuamente. “Nosso município é endêmico, por isso fomos escolhidos pelo Ministério da Saúde para este projeto. Nossa equipe está empenhada no trabalho e queremos apagar esta mancha que por muitos anos marcou a nossa cidade, reduzindo os casos”, disse.
 
A LEISHMANIOSE
Doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia. Quando não tratada, pode evoluir para óbito.
 
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre por meio da picada do mosquito palha, dentre outros. Na área urbana, o cão é o principal hospedeiro. 
 
SINTOMAS
Febre de longa duração
Aumento do fígado e baço
Perda de peso
Fraqueza
Redução da força muscular
Anemia
 
TRATAMENTO
Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os humanos. Procure sua UBS de referência. Nos cães, o tratamento pode até resultar no desaparecimento dos sinais clínicos, porém eles continuam como fontes de infecção para o vetor, e, portanto, um risco para a saúde da população humana e canina.


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