02/08/2021 às 18h32min - Atualizada em 02/08/2021 às 18h32min

Ato "pró-voto impresso auditável" reúne centenas de apoiadores e autoridades em Ipatinga

Na manhã deste domingo (1), foi realizado um manifesto com a presença de autoridades políticas regionais e de centenas de pessoas para defender o "voto impresso auditável"...


Na manhã deste domingo (1), foi realizado um manifesto com a presença de autoridades políticas regionais e de centenas de pessoas para defender o "voto impresso auditável" nas próximas eleições. O ato aconteceu na Praça dos Três Poderes, no Centro, em Ipatinga-MG. O ato teve início por volta das 10h da manhã, e contou com bandeiras, cartazes e carro de som. Autoridades como a deputada federal Alê Silva e o prefeito de Ipatinga Gustavo Nunes, ambos do PSL, compareceram ao ato. Também participaram do evento os vereadores de Ipatinga Avelino Cruz, Ney Professor, Coronel Silvane, Wellington da Floricultura e Zé Terez, o vereador de Coronel Fabriciano Lincoln Drumond, além de representantes dos grupos Vale do Aço nas Ruas (VAR), B38 Vale do Aço, União Juventude Patriota, Frente Vale do Aço, Ouvidoria Popular e Guerreiros Voluntários. O evento foi promovido pelos movimentos conservadores do Vale do Aço, que defendem "maior transparência nas eleições do próximo ano". Os participantes estavam trajados de verde e amarelo, carregavam bandeiras do Brasil e cartazes. A pauta gira em torno da PEC 135/2019, que terá a votação do parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), marcada para a próxima quinta-feira, 5 de agosto. O ato aconteceu na maioria das capitais brasileiras e também em outras cidades. A PEC é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. [caption id="attachment_5488" align="alignnone" width="1280"]
Deputada Federal Alê Silva (PSL). Foto: Divulgação[/caption] Ao longo da manifestação, a deputada Alê Silva discursou sobre a necessidade de uma maior transparência no sistema eleitoral brasileiro, além da contagem pública dos votos, que tem sido um tema reverberado com frequência pelo presidente. "É gratificante ver esta praça cheia, numa manifestação bonita como esta. É esta força que nos motiva a continuar a luta lá em Brasília", discursou a parlamentar antes de gravar uma mensagem dos manifestantes para o presidente Bolsonaro. Veja também: Conheça seus representantes: Alê Silva, deputada federal pelo PSL/MG "Parabenizo a todos que lutam por liberdade e eleições limpas. É uma obrigação de quem está do lado de cá que tenha contagem pública do voto e uma forma auditável", defendeu o presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. [caption id="attachment_5491" align="alignnone" width="1600"]
Prefeito de Ipatinga Gustavo Nunes (PSL). Foto: Divulgação[/caption] O prefeito Gustavo Nunes defendeu "maior transparência para o momento mais importante do exercício da cidadania". "A nossa posição é favorável, clara e pública. Não dá pra ser contrário a mais um instrumento de segurança para as urnas eletrônicas. Buscamos fortalecer o sistema democrático", concluiu o prefeito.

PEC 135/2019

De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), o texto original da PEC 135/19 não estabelece que o voto seja feito em cédulas de papel. No entanto, o texto propõe que uma cédula seja impressa após a votação eletrônica, de modo que o eleitor possa verificar o voto antes que ele seja depositado, de forma automática e sem contato manual, numa urna trancada para auditoria. Sendo assim, defensores da proposta defendem que ela não aponta para um processo de eliminação da urna eletrônica, mas sim para uma complementação do dispositivo. No texto, Kicis destaca que a "materialização do voto eletrônico" seria a "solução internacionalmente recomendada para que as votações eletrônicas possam ser auditadas de forma independente".

Como funcionaria

1 - O texto prevê que em eleições, plebiscitos e referendos seja "obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria". 2 - O cidadão continuaria exercendo o voto normalmente por meio da urna eletrônica. A diferença é que, após confirmar o voto, uma cédula com o nome do candidato seria impressa e depositada em um recipiente transparente e lacrado. A cédula ficaria visível ao eleitor e funcionaria como um comprovante. 3 - Sem nenhum tipo de contato manual com a cédula impressa, o eleitor faria a conferência se o nome, número e informações são do candidato no qual votou. Se sim, confirmaria o voto pela segunda vez. Contudo, ele não levaria consigo a cédula impressa, pois esta permaneceria na seção eleitoral. 4 - As cédulas impressas serviriam para auditar a eleição, caso necessário. O processo de auditoria poderia ocorrer por amostragem, quando houver contestação.


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