Nessa quarta-feira (3), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o estado deve apoiar através da reforma agrária, porém fez críticas as ocupações de terras praticadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra.
Tempo depois o ministro comentou sobre o compartilhamento de órgãos como a Conab entre os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário dizendo:
“Qual a diferença e qual a necessidade de ter dois ministérios de Agricultura, um voltado aos pequenos e outros aos médios e grandes produtores? É que o médio e o grande produtor têm capacidade de contratar engenheiro agrônomo, engenheiro ambiental, têm capacidade de buscar crédito, senão do Plano Safra, mas de recursos internacionais, de trades; têm mecanismos próprios de tocar a sua propriedade e dependem menos do Estado para desenvolver sua atividade. Já o agricultor familiar, não”, explicou.
Durante a sessão alguns deputados como o Coronel Meira (PL-PE) se manifestaram contrapondo a opinião do ministro:
“A gente não entende, a gente não quer, a gente não aceita essa divisão de Mapa, de MDA, de Ministério da Integração Regional. O produtor rural que está na sua gleba, na sua fazenda, no seu sítio produzindo, criando, ele é o início de todo esse processo que existe no Brasil”.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), fez um comentário a respeito dos recursos destinados ao Plano Safra dizendo:
“As entidades que estão junto conosco lá apresentaram uma demanda de praticamente R$ 460 bilhões; estamos falando em R$ 25 bilhões só de equalização de juros e a gente precisa buscar o espaço fiscal e a possibilidade para executar esse Plano Safra tão importante”, disse.
Logo após o ministro do governo disse:
“Os recursos disponíveis do Plano Safra 2022/2023 para o Ministério da Agricultura, que era um só, foram da ordem de quase R$ 13 bilhões para a equalização, e previsão de R$ 2 bilhões para o seguro agrícola. Se a gente separar as estruturas, se fossem dois ministérios como é agora, desses quase R$ 13 bilhões, R$ 3,5 bilhões para médios e grandes produtores e algo em torno de R$ 9 bilhões para pequenos produtores.”
“É fundamental o investimento na busca de uma segurança aos produtores. O Brasil tem reservas minerais importantes, por exemplo, de cloreto de potássio em Altazes, no Amazonas, talvez tão grandes ou maiores do que as reservas canadenses e que não estão em operação hoje simplesmente por demandas judiciais e falta de licenciamento ambiental”, afirmou.
O ministro Carlos Fávaro disse que, em 120 dias de trabalho, houve maior desempenho produtivo do país.