A tentativa de impedir o avanço da Lei das Fake News pelo Google e o Twitter chamou a atenção dos deputados durante o fim de semana de acordo com a Câmara do Deputados.
O relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), se manifestou em relação ma esses ocorridos e disse que essa atitude por parte das empresas de tecnologia é “sórdida e desesperada” para destruir a implementação da PL.
“Vamos à luta vencer a batalha contra a mentira e o jogo sujo das big techs!”, disse o deputado em sua conta no Twitter.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, vai pedir que a Secretaria Nacional do Consumidor investigue a conduta do Google e do Twitter por supostas “práticas abusivas”.
A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) também questionou a conduta das empresas de tecnologia.
"O Google alterou a página inicial para atuar contra o PL 2630, de combate à desinformação e regulação das big techs. Jogo baixo de quem lucra muito e não quer se responsabilizar pelo que circula em suas plataformas, inclusive conteúdos de ódio e violência”, disse a deputada.
O líder do governo da Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a aprovação do projeto comentou sobre a denúncia contra as empresas de tecnologia pelo líder no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“Aprovar o PL 2630 é proteger as famílias contra ataques na internet”, disse Guimarães na sua conta no Twitter.
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) achou ruim às críticas feitas para com às empresas. Ele participou de manifestação contra o projeto em Porto Alegre e disse que o texto vai levar à censura na internet.
“A Globo pode fazer fake news a favor [do projeto], com direito a sensacionalismo dizendo que tem de barrar o Discord que sequer é atingido pelo projeto, mas o Google não pode falar a verdade sobre o PL da Censura”, publicou o deputado fazendo referência a uma reportagem do Fantástico sobre conteúdo criminoso com crianças e adolescentes na plataforma Discord.